NÃO CHAMARÁS NOMES

Chamar nomes é uma coisa mais ou menos feia. Há muitas maneiras de chamar nomes sem os pronunciar de forma direta. Será que fulano sabe

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CONTINUA A DANÇAR

Há uma história cómica, atribuída a Wiston Churchill, um dos maiores ícones da história moderna, em que este, dirigindo-se a uma mulher, diz: “Você é

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OTÁRIOS

Em cinquenta anos, o Homem chegou à lua, colocou vários satélites no espaço, mostrou-nos a beleza cósmica, pôs o James Webb a demonstrar como se

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DEUS ME LIVRO

A tarde baloiça no seu manto tórrido, deixando que a luz escorra pelo casario. Os gestos, o movimento, os pés, muitos pés, formam caminhos. A

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O BEIJOCAS

Marcelo irrompe da multidão em folia e embica direito à barriga proeminente. Os olhos de Marcelo têm pontaria para as vislumbranças. Sabem causar sensações virais. Curvado sobre a sagrada barriga, beijou-a comovidamente. Cercada pela boca beijoqueira de Marcelo, vendo os seus lábios todos mamíferos, Marina Dias não resistiu ao excesso de afeto presidencial e consta que até lhe afagou a cabeça com a mão direita.

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O MUSGO DO TEMPO

“Anda, dá-lhe um beijo”. Eu resisti. Fiz que não com a cabeça. “Dá-lhe um beijo”, repetiu a outra mulher com expressão de sentença. Eu fui, a medo. Subi só um degrau. A mulher chamou-me para mais perto e mandou-me dar um beijo à aniversariante. Só que ela tinha pelos no buço e no queixo. Pelos grossos que picavam. Segurou-me com as duas mãos aranhiçadas e puxou-me para si. Olhei-lhe os seus poucos dentes e virei-me como pude para lhe dar apenas a contrária face. Ela repenicou um beijo, apertando-me a cara contra a dela. Muito boquifechado, mordi a boca e fiquei com a bochecha a arder. Passei com as costas da mão no rosto, a limpar o fedor do beijo.

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