
Só a muito custo um visitante percebe que a Rua da Sofia guarda o tesouro de maior potencial para entrar na Baixa. Quando em 1537 se procedeu em definitivo à transferência da universidade para Coimbra, esta foi instalar-se naquela que muitos investigadores dizem ter sido a maior rua da Europa: a Rua da Sofia. Não seria importante comunicar visual, cultural e arquitetonicamente esta ideia?
Este é o polo zero de uma das mais importantes universidades europeias e do mundo! Há comerciantes que dão o máximo para ali permanecer. Tanto ali como em toda a Baixa. Há algumas atividades fomentadas. Mas tem de haver planeamento estratégico e um forte investimento subordinado à cultura. Essa reformulação, esse upgrade, essa ousadia, esse sonho, essa vontade, essa energia, essa não resignação, são necessários. É isso que marca uma cultura que se quer capital.