Há qualquer coisa nos teus olhos
que não me deixa partir.
Queria soltar os braços
comos as pétalas à primavera.
Dizer a sílaba espessa
no súbito acordar
dos corpos
prolongados na tarde.
No teu rosto afagado
brilham, incandescem
desejos de pássaros ternos.
Ficas-me nos lábios.
Cercas-me com essa
luz madura
onde a fragância inspira
o rumor do jasmim.

Chega-se a nós
uma luz mordida
que tropeça
dos teus olhos
para os meus.
Dóceis, frágeis,
quentes,
as tuas palavras
sabem à minha boca.

Bruno Paixão

2 respostas

    1. Prezada Mabília, muito obrigado!
      Envie-me para aqui um e-mail (brunovazpaixao@gmail.com), com o seu contacto. Tenho muito gosto em passá-lo à minha editora.
      Cordialmente,

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *