Passaram várias horas e o ar arrefecera. Nos olhos lentos de Ahmin começava a aparecer Calum, tibiamente desfocado. Primeiro o nariz, depois os lábios, e depois o sorriso. Tudo o resto continuava incontemplável. Ao longe um timbre grave embalava a canção do recolher da tarde. Aos poucos, Ahmin foi notando que uma nuvem pousava como um manto na fímbria da distância e que a sombra que se abatia sobre as pessoas punha nelas a feição dos mostrengos.

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